Amputação Lisfranc: entenda as causas e as próteses disponíveis

Dr. José André Carvalho
dezembro 19, 2024

A amputação Lisfranc acontece entre os metatarsos com os ossos cuboide e cuneiforme, resultando em…

Mulher deitada no sofá tomando um café usando sua prótese de perna após passar por uma amputação Lisfranc.

A amputação Lisfranc acontece entre os metatarsos com os ossos cuboide e cuneiforme, resultando em uma perda significativa dos músculos do pé, o que prejudica o equilíbrio do paciente. 

Essa remoção se parece muito com a de Chopart, entretanto, nela reserva mais músculos para o paciente.

Na maioria dos casos, a decisão por esse tipo de amputação é tomada quando há danos irreparáveis na região, comprometendo a funcionalidade e a qualidade de vida do indivíduo. 

Para quem busca informações sobre o assunto, neste artigo do IPO Brasil, vamos conhecer as principais causas que levam a essa intervenção, além das opções de próteses disponíveis que auxiliam na recuperação da mobilidade e no retorno a uma vida ativa. 

Acompanhe!

O que é a amputação de Lisfranc?

A amputação de Lisfranc refere-se à desarticulação dos metatarsos junto à amputação dos ossos cuboide e cuneiforme. 

Na maior parte das vezes, as indicações para esse procedimento são os problemas vasculares. 

Esse nível de remoção apresenta deformidade em flexão plantar, o que pode dificultar a protetização e requerer revisão cirúrgica. 

A abordagem é chamada de “Lisfranc” em homenagem ao cirurgião francês Jacques Lisfranc de St. Martin, que descreveu lesões nessa região do pé. 

Lesões de Lisfranc podem resultar de traumas diretos ou indiretos, como quedas ou acidentes esportivos, sendo capaz de levar à instabilidade do pé se não forem tratadas adequadamente.

A amputação nesta área é relativamente rara e considerada um último recurso, após tentativas de reparo ou tratamento conservador falharem. 

Além disso, esse processo pode ter impactos na mobilidade e na função do pé, exigindo reabilitação e adaptação.

Em quais casos acontecem a amputação Lisfranc?

Por envolver a articulação de Lisfranc, localizada na parte média do pé, entre os ossos metatarsais e os ossos do Tarso. 

Esses tipos de amputação podem acontecer em alguns casos específicos, como:

  • Traumatismos severos: lesões graves no pé, como acidentes automobilísticos ou quedas, podem resultar em fraturas complexas e irreparáveis na articulação de Lisfranc;
  • Infecções: osteomielite (infecção nos ossos) ou complicações de feridas, podem exigir a amputação para evitar a propagação da doença;
  • Isquemia: condições que resultam em diminuição da circulação sanguínea para os pés, como doenças vasculares periféricas, podem levar à necessidade de amputação se os tecidos sofrerem necrose;
  • Tumores: presença de tumores que comprometam a estrutura óssea ou as articulações também podem exigir a remoção;
  • Deformidades congênitas: em alguns casos raros, deformidades e condições congênitas graves podem necessitar dessa amputação para melhorar a funcionalidade ou a dor;
  • Fraturas Intra-articulares: fraturas que afetam a articulação de Lisfranc de maneira irreversível, que não são capazes de serem corrigidas com outras intervenções cirúrgicas.

A amputação de Lisfranc, como qualquer procedimento cirúrgico, é considerada apenas quando outras opções de tratamento não são viáveis ou eficazes.

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Como é a recuperação de uma amputação Lisfranc?

A recuperação após uma amputação Lisfranc envolve uma combinação de cuidados médicos, fisioterapia e adaptação a uma prótese para ajudar o paciente a retomar suas atividades diárias. 

O processo de reabilitação pode variar dependendo de fatores como a causa da remoção, a saúde geral do paciente e o nível de comprometimento do tecido ao redor.

Etapas da recuperação

  • Cuidados pós-operatórios: após a cirurgia, o foco inicial é o controle da dor e a prevenção de infecções. O local da amputação é cuidadosamente monitorado e tratado para garantir uma cicatrização adequada. O paciente pode precisar de antibióticos e analgésicos para controlar a dor e prevenir infecções;
  • Reabilitação e fisioterapia: uma vez que a ferida cirúrgica tenha cicatrizado, a fisioterapia se torna essencial. O programa de reabilitação inclui exercícios para fortalecer os músculos remanescentes da perna, melhorar o equilíbrio, a coordenação e prevenir a atrofia muscular. A fisioterapia também ajuda a preparar o membro residual para o uso de uma prótese;
  • Adaptação à prótese: o paciente é avaliado por um protético para determinar o tipo de prótese mais adequado para suas necessidades e estilo de vida. O dispositivo é ajustado e personalizado para garantir um encaixe confortável e funcional;
  • Apoio psicológico e emocional: a amputação pode ser um evento traumático, tanto fisicamente quanto emocionalmente. O apoio psicológico pode ser benéfico para ajudar o paciente a lidar com a perda do membro e a adaptação a uma nova realidade;
  • Retorno às atividades diárias: com o tempo e à medida que o paciente se adapta ao uso da prótese, ele pode gradualmente voltar às atividades cotidianas e, eventualmente, às atividades recreativas e esportivas, dependendo de sua capacidade física e interesse.

Tempo de recuperação

O tempo de recuperação de uma amputação Lisfranc pode variar, mas normalmente leva de alguns meses a um ano para que o paciente se recupere totalmente e se adapte ao uso de uma prótese. 

A dedicação ao programa de reabilitação e a resposta individual do paciente ao tratamento influenciam nesse processo. 

A continuidade dos cuidados e o acompanhamento médico são essenciais para monitorar o progresso e ajustar o tratamento conforme necessário.

Quais próteses para amputação Lisfranc podem ser encontradas no mercado?

Existem várias opções de próteses disponíveis no mercado para pacientes que passaram por uma amputação Lisfranc. 

Os dispositivos são projetados para proporcionar funcionalidade, conforto e mobilidade, adaptando-se às necessidades e ao estilo de vida de cada indivíduo. 

No IPO Brasil, alguns modelos mais comercializados de prótese de pé são:

  • Pés convencionais com núcleo em madeira ou alumínio; 
  • Pés articulados;  
  • Pés em fibra de carbono com lâmina bi-partida e dedo separado; 
  • Pés com adaptadores de rotação; 
  • Pés para uso com diferentes alturas de salto; 
  • Pés eletrônicos; 
  • Pés para práticas esportivas e recreativas.

A escolha da prótese ideal é uma decisão que deve ser tomada em conjunto com uma equipe multidisciplinar, incluindo médicos, fisioterapeutas e protéticos, para assegurar a melhor adaptação possível e uma recuperação eficiente para o paciente.

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Quanto custa uma prótese para casos de amputação Lisfranc?

O valor de uma prótese deve variar amplamente dependendo de vários aspectos, como o tipo de dispositivo, a complexidade da amputação, localização geográfica e se será feita de forma particular ou através de um sistema de saúde.

É importante consultar um ortopedista ou um especialista em próteses para obter uma avaliação específica, que inclua detalhes sobre o tipo de prótese mais adequada para o seu caso e os custos envolvidos.

Além disso, alguns convênios médicos podem cobrir parte dos valores. Dessa forma, verificar essa possibilidade também é recomendado.

Reabilitação após uma amputação de Lisfranc é no IPO Brasil

Agora que já sabemos sobre o processo de uma amputação Lisfranc, vale lembrar que todas as unidades do IPO oferecem o que há de mais moderno no segmento de prótese e órtese, além da reabilitação física.

No Instituto, as indicações são realizadas após minuciosa avaliação clínica.

Em laboratórios próprios, próteses e órteses são confeccionadas de forma personalizada atendendo as necessidades específicas de cada caso, enquanto a equipe de reabilitação acompanha os pacientes durante todo o processo de reabilitação.

Nossa equipe está preparada para entender o seu caso e avaliar com cuidado a sua necessidade específica. 

Entre em contato conosco agora mesmo! 

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