“Níveis de amputação: uma análise detalhada sobre suas definições e critérios de determinação”.
Quando nos deparamos com a realidade de uma amputação, seja por razões médicas ou traumáticas, é fundamental compreender os diferentes pontos em que esse procedimento pode ocorrer.
Desde os membros inferiores até os superiores, tais níveis desempenham um papel importante na reabilitação e na qualidade de vida dos pacientes.
Neste artigo do IPO Brasil, vamos explorar em profundidade o que são essas categorias, como são determinadas e a importância dessa classificação para amputados e profissionais de saúde. Acompanhe a leitura do texto!
O que é a amputação?
A amputação nada mais é do que a remoção de uma extremidade ou membro do corpo, podendo ser realizada de forma completa ou parcial.
Porém, o que pouca gente sabe é que a amputação é um dos tipos mais antigos de intervenções cirúrgicas da história da humanidade, como forma de cuidar dos feridos de guerra.
Dito isso, é importante ressaltar que de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são feitas, anualmente, mais de 80 mil amputações no Brasil.
Afinal, existem níveis de amputação?
Ao realizar uma amputação, é primordial considerar cuidadosamente a escolha do nível. Geralmente, o objetivo é preservar o máximo possível do membro. Com isso, deve ser escolhido um nível que assegurá boa cicatrização, com adequada cobertura da pele e sensibilidade preservada.
No geral, o ponto ideal será aquele que permitirá uma melhor adaptação à prótese funcional, após terem sido atendidas as demandas relacionadas à idade, causa e necessidade específica da amputação.
Em resumo, essas categorias variam em:
Membros superiores
- A desarticulação de ombro envolve a remoção completa do braço, incluindo o úmero, rádio, ulna e ossos da mão;
- Na amputação transumeral, o corte é feito entre a parte superior do braço, ou seja, entre a articulação do ombro e o cotovelo, permitindo que o ombro permaneça funcional, podendo ser classificado como proximal, medial ou distal;
- A desarticulação de cotovelo implica na remoção do úmero, deixando intactos a clavícula e a escápula;
- A amputação transradial ocorre no antebraço, entre o cotovelo e a mão, preservando a funcionalidade do cotovelo e podendo ser distal, medial ou proximal;
- Na desarticulação de punho, os ossos da mão e dos dedos são removidos, na qual o osso do rádio e a ulna (ossos do antebraço) permanecem;
- As amputações parciais da mão variam de acordo com o nível de remoção, desde dedos individuais até diferentes partes dos ossos da mão.
Membros inferiores
- A desarticulação de quadril envolve a remoção completa do fêmur, na altura da bacia;
- Na amputação transfemoral, o corte é feito entre o quadril e o joelho, podendo ser unilateral, afetando apenas um fêmur, ou bilateral, afetando ambos;
- A desarticulação de joelho implica na remoção da tíbia, fíbula e patela, mantendo o fêmur intacto;
- A amputação transtibial envolve a remoção parcial da tíbia e da fíbula, preservando o joelho e caracterizada pela desarticulação do tornozelo;
- Na desarticulação de tornozelo, é preservado um retalho do calcanhar para sustentar o peso na extremidade do coto, sendo considerada uma forma parcial de remoção do pé;
- As amputações parciais do pé incluem diversos tipos, como a desarticulação dos dedos, Chopart, Lisfranc, Syme e Pirogoff.
Portanto, os níveis de amputação trazem consigo obstáculos singulares, que vão desde a readaptação às atividades diárias até o processo de reabilitação e enfrentamento emocional.
Oferecer apoio adequado e compreender as particularidades de cada caso são de extrema importância para auxiliar os indivíduos a reconstruírem suas vidas após o procedimento cirúrgico.
Níveis de amputação: quais são as causas mais comuns desse procedimento?
Os níveis de amputação podem ser determinados por uma variedade de causas subjacentes, sendo as mais habituais:
- Condições vasculares periféricas;
- Traumas;
- Tumores;
- Infecções;
- Anomalias congênitas;
- Complicações médicas.
É importante destacar que as doenças vasculares periféricas tendem a afetar pessoas com mais de 50 anos, sendo os membros inferiores (pés, pernas e dedos) os mais afetados.
Sendo assim, separamos os principais motivos para amputações de membros:
- A diabetes e o hábito de fumar são as principais causas de amputações relacionadas a problemas vasculares;
- Traumas também representam uma parcela significativa de amputações, geralmente, resultantes de acidentes de trânsito, de trabalho (afetando dedos, mãos e braços) ou, em menor número, de outras causas;
- Tumores ósseos malignos podem também levar à necessidade de amputação, principalmente, afetando partes dos membros inferiores.
Como funciona a reabilitação de um membro amputado?
A reabilitação de um membro amputado é um processo que visa ajudar o paciente a recuperar o máximo de funcionalidade, mobilidade e independência possível após a cirurgia. Esta metodologia envolve várias etapas e pode incluir:
- Cuidados iniciais: logo após a intervenção, os cuidados incluem o controle da dor, prevenção de infecções e precauções com o coto para promover a cicatrização adequada;
- Mobilização: inicia-se o mais cedo possível para evitar complicações como rigidez articular e contraturas musculares. Isso pode envolver exercícios de movimento passivo, alongamentos e fortalecimento leve;
- Treinamento com prótese: se apropriado, o paciente pode começar a ser treinado no uso de próteses. Essa etapa inclui aprender a colocar e retirar o dispositivo, além de praticar o equilíbrio, marcha e outras atividades específicas para a utilização do mesmo;
- Reabilitação funcional: engloba exercícios para fortalecer os músculos remanescentes, melhorar a mobilidade, equilíbrio e coordenação. Tal prática pode ser feita com ou sem o uso da prótese, dependendo das capacidades individuais da pessoa;
- Treinamento em atividades da vida cotidiana: os pacientes aprendem técnicas para realizar tarefas cotidianas, como vestir-se, tomar banho, cozinhar e dirigir, adaptando-se à sua nova condição física;
- Apoio psicológico: a adaptação emocional à perda do membro é uma parte importante da reabilitação. Os indivíduos podem receber apoio de psicólogos, terapeutas ocupacionais ou grupos de apoio para lidar com questões emocionais e psicossociais;
- Acompanhamento contínuo: a reabilitação de um membro amputado é um processo contínuo. Os pacientes podem precisar de ajustes em suas próteses ao longo do tempo, bem como suporte para lidar com desafios físicos e emocionais que possam surgir.
Esses são apenas alguns aspectos do processo de reabilitação de um membro amputado, que é altamente individualizado e adaptado às necessidades específicas de cada indivíduo.
Quanto tempo leva a adaptação de uma prótese?
O período de adaptação à prótese é único para cada pessoa e pode ser influenciado por diversos aspectos, tais como:
- O nível de amputação realizada;
- O estado de saúde geral do indivíduo;
- Seu nível de motivação;
- O suporte social que recebe;
Sua capacidade de recuperação física e emocional.
Normalmente, a adaptação à prótese é um processo gradual, que ocorre ao longo do tempo. Portanto, o período necessário para que isso aconteça pode variar de indivíduo para indivíduo.
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