
O pé diabético necrosado é causado pela morte dos tecidos devido à falta de suprimento sanguíneo adequado, ou seja, a doença vascular periférica resultante da diabetes pode levar a uma redução do fluxo de sangue para os pés.
Por esse motivo, a pergunta que muitos se fazem é: a amputação é realmente a única alternativa nesses casos?
Logo, neste post do IPO Brasil, vamos relatar as possíveis abordagens para o tratamento do pé diabético necrosado, avaliando quando a remoção do membro pode ser evitada e as opções que podem contribuir para a preservação do mesmo. Leia mais a seguir!
O que é um pé diabético?
O pé diabético, como o nome indica, é uma grave complicação do diabetes. A condição surge quando uma área ferida ou infeccionada nos membros evolui para uma úlcera.
No geral, esse problema está relacionado a uma circulação sanguínea deficiente ou ao descontrole dos níveis de glicose no sangue. Além disso, a falta de cuidados adequados com os pés aumenta o risco de complicações.
Tal condição pode ter sérias consequências para o paciente. Qualquer lesão deve ser tratada de imediato para evitar complicações mais graves, como a amputação.
Ainda que nem todos os casos de pé diabético resultem na remoção do membro, essa é uma possibilidade real.
Qual o tipo de necrose do pé diabético?
No pé diabético, o tipo de necrose mais comumente observado é a isquêmica, que ocorre devido à falta de circulação sanguínea adequada, especialmente em pacientes com diabetes de longa data.
Essa condição se desenvolve por conta de problemas na circulação, que são comuns em pessoas com diabetes, reduzindo o fluxo sanguíneo para os tecidos dos pés e, em casos graves, levando à morte celular.
Além disso, outro tipo que pode aparecer é a necrose infecciosa. O pé diabético está vulnerável a infecções por causa da neuropatia, que reduz a sensibilidade e permite que pequenas lesões passem despercebidas, evoluindo para infecções severas que podem resultar em necrose se não tratadas.
Por que pessoas que possuem pé diabético com necrose podem precisar da amputação?
Indivíduos com diabetes estão em um grupo mais suscetível à amputação de dedos, pés ou pernas.
É importante lembrar que essa doença é metabólica crônica, associada a diversas complicações, incluindo o pé diabético que pode causar danos graves.
Quando a diabetes avança a ponto de comprometer a percepção de dor e o tato, conhecida como neuropatia diabética, o risco de ferimentos e desenvolvimento de lesões aumenta.
Se essas lesões se tornam mais graves, a condição pode evoluir a ponto de ser necessária a remoção do membro.

Pé diabético necrosado: quando a amputação é recomendada?
O pé diabético necrosado é a principal causa de amputações nos membros inferiores em todo o mundo.
Para se ter uma noção, o risco de amputação é de 15 a 40 vezes maior em indivíduos com essa doença.
Sinais fortes que indicam a possibilidade de uma remoção do pé incluem deformidades, alterações na sensibilidade, restrições na mobilidade, mudanças na maneira de andar e infecções graves.
Na presença desses sintomas, é necessário realizar uma investigação minuciosa e tratar quaisquer ferimentos.
Contudo, em alguns casos, a amputação e o uso de uma prótese de pé se torna necessário para proteger outras estruturas e funções, evitando a piora do quadro.
Como determinar se o pé diabético necrosado deve ser amputado?
A decisão não é simples. Embora 85% das amputações ocorram após o surgimento de úlceras, a presença dessas feridas de difícil cicatrização não define se o membro precisará ser removido.
A avaliação das úlceras deve ser feita no contexto do estado geral do paciente. O tratamento deve ser conduzido por uma equipe multidisciplinar e a amputação deve ser considerada apenas como último recurso.
Além disso, se a remoção se tornar realmente necessária, é fundamental contar com uma equipe cirúrgica experiente.
Isso deve garantir a segurança do paciente diabético, minimizar danos funcionais e favorecer uma recuperação completa após a cirurgia.
Afinal, o que fazer em caso de necrose no pé diabético?
Pode parecer evidente, mas o primeiro passo em situações como essa é reconhecer que a ferida necrosada não se vai curar por conta própria.
Aliás, é bastante comum que pessoas nesta situação só busquem ajuda e tratamento quando os pés já estão em estados críticos.
Quando há necrose em um pé diabético, isso indica que a infecção na ferida já se encontra em um estágio avançado e pode se agravar rapidamente, a menos que o paciente adote mudanças em seu estilo de vida.
Ainda assim, a infecção só poderá ser tratada com antibióticos orais prescritos por um médico, em combinação com terapias tópicas eficazes.
O uso de pomadas antibióticas e remédios caseiros tende a agravar a infecção, o que aumenta a resistência das bactérias ao tratamento.
Diante disso, a única solução para a cura da necrose do pé de um paciente diabético é procurar assistência médica especializada. Tais profissionais serão os responsáveis em dar início ao tratamento mais apropriado para o caso.

Pé diabético com necrose: tratamento inicial
O tratamento para necrose em pé diabético envolve diversas ações que devem ser realizadas em conjunto para prevenir a infecção e criar condições favoráveis à cicatrização.
Antes de iniciar o tratamento, é fundamental avaliar a circulação dos pés:
Isso pode ser feito por meio de exames como angiografia, doppler arterial e o índice de pressão tornozelo-braço. Se a circulação estiver deficiente, será necessário tentar desobstruir as artérias através do procedimento de angioplastia.
Vale lembrar que feridas sem um adequado fluxo sanguíneo não cicatrizam. Após essa avaliação, as seguintes etapas devem ser seguidas:
Remoção do tecido necrosado e controle da infecção
Enquanto a infecção não estiver controlada, não será possível obter sucesso em qualquer tentativa de melhorar a situação do pé diabético.
Portanto, a primeira ação deve ser a remoção do tecido necrosado por meio de uma técnica conhecida como desbridamento de ferida.
Conforme o grau da condição, o desbridamento pode ser realizado com o uso de substâncias que ajudam a “amolecer” o tecido necrosado e facilitar sua remoção ou através de desbridamento instrumental conservador, caso a necrose não afete camadas mais profundas da pele.
Se a necrose estiver em um estágio avançado, esse procedimento precisa ser feito em ambiente cirúrgico. Depois disso, é necessário eliminar as bactérias presentes.
Controle da condição
Simultaneamente, é necessário implementar medidas eficazes para regular os níveis de açúcar no sangue e, assim, melhorar a circulação.
Além disso, o médico precisará realizar um diagnóstico amplo do paciente, que não se restringe apenas à diabetes, mas também inclui a identificação de outras possíveis doenças que possam estar afetando a circulação.
Nesta fase, é necessário utilizar medicamentos orais que ajudem a reduzir a inflamação e a melhorar a circulação sanguínea.
Sem essas ações realizadas em conjunto, a ferida do pé diabético deve permanecer aberta e suscetível a novas infecções bacterianas.
Uso de terapias tópicas adequadas
Além dessas intervenções iniciais, a escolha da terapia tópica apropriada é outro aspecto para a cicatrização do pé diabético necrosado.
Neste estágio, é recomendado os tipos de curativos e tecnologias mais eficazes para as condições da ferida do paciente.
Por exemplo, devem ser utilizados curativos não aderentes que ajudam a manter um ambiente úmido, protegendo ao mesmo tempo contra micro-organismos.
É indicado também, sempre que possível, o uso de dispositivos que impeçam o paciente de pisar sobre a área afetada.
Terapias complementares
Para acelerar ainda mais o processo de cicatrização, podem ser utilizadas terapias complementares ao tratamento principal. As principais englobam a terapia por pressão negativa (curativo a vácuo), laserterapia, ozonioterapia e oxigenoterapia hiperbárica.
A cada semana em que a terapia por pressão negativa é aplicada, por exemplo, pode equivaler a um mês de tratamento convencional em muitos casos.
Alguns planos de saúde estão começando a incluir esse tipo de terapia em sua cobertura, reconhecendo que os custos se tornam mais baixos considerando a rapidez da cicatrização.
Cuidados nutricionais
É necessário que o paciente melhore seus hábitos alimentares, evitando refeições ricas em gorduras e com alto teor de colesterol, além de consumir mais alimentos anti-inflamatórios, sempre sob a orientação de um nutricionista especializado em cicatrização.
Para auxiliar nesse processo, há diversos suplementos nutricionais que ajudam a controlar a inflamação e fornecem nutrientes que contribuem para a regeneração da pele ao redor da ferida.
Seguindo rigorosamente esses cinco passos, a maioria dos casos de pé diabético necrosado pode ser revertida.
E quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maiores serão as chances de o paciente retornar à sua rotina normal, evitando a necessidade de amputação do membro.
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