
A perna necrosada é uma condição grave que ocorre quando os tecidos do membro sofrem morte celular devido à falta de oxigenação e circulação sanguínea.
Esse problema pode estar associado a diversas causas, como diabetes avançado, infecções severas ou traumas que comprometam a vascularização.
Além de representar riscos para a saúde, a necrose exige tratamento rápido e especializado para evitar complicações mais severas, como amputações.
A seguir, conheça as causas dessa condição, como identificá-la precocemente e quais são os tratamentos mais eficazes disponíveis. Acompanhe!
Como acontece a necrose na perna?
A perna com necrose apresenta uma situação em que as células dos tecidos do membro morrem, podendo surgir devido à falta de oxigênio ou baixa circulação de sangue em lesões traumáticas, como fraturas graves ou luxações.
No geral, a necrose na perna pode levar à degeneração das articulações, causando dor e limitação de movimento.
Quais fatores de risco mais comuns associados à necrose da perna?
Os fatores de risco mais comuns associados à necrose nas pernas estão relacionados a condições que comprometem a circulação sanguínea, saúde dos tecidos ou capacidade do corpo de combater infecções.
Essas condições aumentam de forma significativa a probabilidade de ocorrência da necrose, especialmente quando não tratadas adequadamente. Confira as principais:
Doenças crônicas
- Diabetes mellitus: elevados níveis de glicose podem danificar vasos sanguíneos e nervos, aumentando o risco de úlceras, infecções e necrose;
- Doenças arteriais: a aterosclerose e a doença arterial periférica reduzem o fluxo sanguíneo para os membros inferiores, dificultando a oxigenação dos tecidos;
- Hipertensão: contribui para o dano vascular e pode agravar problemas circulatórios.
Tabagismo
O uso do cigarro prejudica a circulação ao causar inflamação nos vasos sanguíneos e acelerar a formação de placas ateroscleróticas, o que intensifica o risco de isquemia (falta de sangue) nos membros.
Sedentarismo e obesidade
A falta de atividade física e o excesso de peso sobrecarrega o sistema cardiovascular, favorecendo problemas circulatórios que podem levar à necrose.
Traumas e lesões
Ferimentos graves, queimaduras ou esmagamentos podem interromper o fluxo sanguíneo para os tecidos da perna, ocasionando necrose se não houver tratamento imediato.
Infecções
Infecções bacterianas, como a fasciíte necrosante, podem destruir rapidamente os tecidos e levar à necrose, ainda mais em indivíduos com imunidade comprometida.
Idade avançada
O envelhecimento aumenta o risco de doenças circulatórias e reduz a capacidade de cicatrização dos tecidos.
Histórico de doenças autoimunes ou trombóticas
Condições como lúpus, vasculites e trombofilias podem causar inflamação ou coágulos nos vasos sanguíneos, bloqueando a circulação.
Exposição a condições extremas
- Congelamento (frostbite): a exposição prolongada a baixas temperaturas pode levar à morte celular por falta de circulação;
- Pressão contínua: em pessoas acamadas ou imobilizadas, a pressão prolongada sobre determinados pontos pode causar úlceras que evoluem para necrose.
Intervenções invasivas
Intervenções invasivas podem aumentar o risco de necrose, principalmente quando os tecidos são danificados durante o procedimento cirúrgico.
Portanto, a necrose é uma condição séria, podendo resultar em consequências como a perda de tecido, infecções graves, septicemia e, em casos extremos, amputações, levando a necessidade do uso de uma prótese de perna.

Principais sintomas de perna necrosando
Os sintomas de uma perna necrosando são sinais claros de que os tecidos estão sofrendo devido à falta de circulação sanguínea, oxigenação ou em decorrência de infecção severa.
Identificar os indícios precocemente é necessário para iniciar o tratamento mais adequado, além de evitar complicações graves. Principais sinais de perna necrosada:
- Alterações na coloração da pele: inicialmente, a pele pode apresentar áreas pálidas ou arroxeadas devido à falta de fluxo sanguíneo. Em estágios avançados, a pele fica escura, com tons marrons, pretos ou esverdeados, indicando morte tecidual;
- Dor intensa ou ausência de dor: na fase inicial, pode haver dor forte e persistente no local afetado. Com o avanço da necrose e a morte dos nervos, a dor pode desaparecer, o que é um sinal grave;
- Inchaço e endurecimento: a região pode apresentar inchaço aparente, com isso, os tecidos ficam rígidos ou endurecidos ao toque;
- Mau odor: a necrose úmida, geralmente associada a infecções, provoca cheiro forte e desagradável devido à decomposição dos tecidos;
- Feridas e úlceras abertas: podem surgir lesões que não cicatrizam, expostas ou com secreção purulenta (pus);
- Perda de sensibilidade: conforme a necrose avança, ocorre perda de sensação na área afetada devido à morte dos nervos;
- Formação de bolhas: em alguns casos, surgem bolhas contendo líquido claro, sangue ou pus, indicando infecção grave nos tecidos;
- Febre e sinais de infecção sistêmica: se a necrose estiver associada a infecção, o paciente pode apresentar febre, calafrios e sensação de mal-estar, indicando septicemia (infecção no sangue);
- Mobilidade reduzida: movimentar a perna pode se tornar doloroso ou impossível devido ao dano tecidual e à inflamação local.
Ao notar qualquer um desses sintomas, é essencial buscar atendimento médico imediato, pois a necrose pode se agravar rapidamente, levando à amputação ou infecção generalizada (sepse).
Portanto, o diagnóstico precoce aumenta as chances de recuperação e evita complicações irreversíveis.

Como é feito o diagnóstico de ferida necrosada na perna?
O diagnóstico de uma ferida necrosada na perna exige uma avaliação médica detalhada e criteriosa, uma vez que a identificação precoce é essencial para evitar consequências graves, como amputação ou infecção sistêmica.
Esse processo vai além de uma simples inspeção visual, o que combina exames clínicos e laboratoriais para entender a extensão do problema e sua causa.
Anamnese completa
O médico investiga o histórico do paciente, incluindo doenças preexistentes como diabetes, doenças vasculares ou infecções, além de hábitos de vida (tabagismo, sedentarismo) e possíveis traumas recentes.
Essa etapa é necessária para identificar fatores de risco.
Exame físico minucioso
- Avaliação da aparência da ferida: presença de tecidos escuros (marrons, pretos ou esverdeados), sinais de infecção (pus, mau cheiro) e profundidade da lesão;
- Verificação da sensibilidade e dor na região: a ausência de dor pode indicar comprometimento severo dos nervos;
- Análise da circulação: checar pulsos periféricos e sinais de isquemia (pele fria, pálida ou arroxeada).
Exames de imagem
- Doppler arterial: avalia o fluxo sanguíneo nos vasos da perna, identificando obstruções ou reduções na circulação;
- Angiografia: exame mais detalhado que localiza bloqueios específicos nas artérias;
- Raio-X ou ressonância magnética: verifica se há comprometimento ósseo (osteomielite) ou extensão profunda da infecção.
Testes laboratoriais
- Hemograma completo: identifica sinais de infecção sistêmica, como aumento de leucócitos;
- Cultura da ferida: coleta de amostras para identificar bactérias ou outros agentes infecciosos presentes na necrose, ajudando na escolha do antibiótico adequado;
- Glicemia e hemoglobina glicada: avaliam o controle do diabetes, caso seja uma condição associada.
Por que o diagnóstico correto é importante?
Uma ferida necrosada nunca é “só uma ferida”. Ela é o sintoma de algo muito maior, como insuficiência arterial, infecção grave ou doença sistêmica descontrolada.
Sem um diagnóstico preciso e rápido, a necrose pode evoluir para complicações irreversíveis, o que abrange sepse ou a necessidade de amputação. Portanto, ao menor sinal da condição, o atendimento médico especializado é indicado.

Perna necrosada tem cura?
A perna necrosada pode ser tratada, mas a “cura” depende do estágio da necrose, da causa subjacente e da rapidez com que o tratamento é iniciado.
Quando identificada precocemente, é possível salvar a área afetada ou minimizar os danos, enquanto casos avançados podem requerer intervenções mais radicais, como amputação.
Fatores que influenciam a cura
- Estágio da necrose: necrose inicial, se a interrupção do fluxo sanguíneo ou a infecção forem tratadas rapidamente, o tecido pode ser parcialmente recuperado. Já na necrose avançada, quando o tecido está morto, não há possibilidade de regeneração, sendo necessária a remoção da área afetada;
- Causa subjacente: condições como diabetes, doenças arteriais ou infecções graves precisam ser controladas para evitar que a necrose progrida ou reapareça;
- Tratamento precoce: intervenções imediatas, como restauração do fluxo sanguíneo, desbridamento (remoção do tecido necrosado) e uso de antibióticos, aumentam as chances de recuperação;
- Saúde geral do paciente: idade, imunidade e presença de outras condições, como insuficiência cardíaca ou renal, afetam a capacidade de cura.
A cura da necrose é acompanhada por medidas preventivas para evitar recidivas. Isso inclui controle rigoroso de doenças como diabetes, parar de fumar, manter hábitos saudáveis e realizar acompanhamento médico regular.
Embora a necrose em si não seja reversível, a condição pode ser controlada e tratada, permitindo que o paciente recupere qualidade de vida, ainda mais se houver diagnóstico e intervenção precoces.
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