
Escolher o modelo ideal entre os tipos de encaixe de próteses, faz toda a diferença na qualidade de vida de quem utiliza esse recurso.
Com avanços constantes na tecnologia, os encaixes dos dispositivos oferecem opções que se adaptam às necessidades específicas de cada pessoa, o que garante conforto, segurança e funcionalidade.
Para quem tem interesse, neste post do IPO Brasil, vamos apresentar as principais categorias, destacando suas características e como escolher a melhor opção para cada caso. Acompanhe!
O que é o encaixe para prótese?
O encaixe de uma prótese ortopédica é a estrutura que se ajusta ao membro residual do paciente, funcionando como o ponto de conexão entre o corpo e o dispositivo.
Ele tem a função de transmitir o peso e a força do corpo para a prótese, permitindo ao usuário realizar diversas atividades, como caminhar, correr e executar tarefas cotidianas.
Para isso, o encaixe é desenvolvido de forma personalizada, moldando-se ao formato do membro residual para garantir segurança e conforto, sendo a parte mais importante do dispositivo.
Para que serve o encaixe para prótese?
Especialistas, como ortopedistas e fisioterapeutas, que atuam na reabilitação de amputados, frequentemente destacam o encaixe como o componente principal de uma prótese.
Isso porque o encaixe é a parte que faz contato direto com o coto, assegurando que o dispositivo se mantenha alinhado, estável e confortável no membro residual do paciente.
Dessa forma, o desempenho da prótese, seja ela altamente tecnológica, como as biônicas, ou mais tradicionais, como as mecânicas, está diretamente relacionado à qualidade e ao ajuste do encaixe.

Como é o encaixe de prótese perfeito?
Para muitos amputados, a prótese ortopédica representa mais do que uma ferramenta para recuperar a mobilidade, é um símbolo de qualidade de vida.
Ela permite retomar a rotina, superar barreiras de acessibilidade e enfrentar os desafios do mercado de trabalho.
Contudo, as etapas que antecedem a reabilitação completa muitas vezes passam despercebidas.
Um exemplo é o processo de confecção do dispositivo, que exige tempo e dedicação de todos os envolvidos até que esteja pronta e totalmente funcional.
Além disso, o sucesso na adaptação às próteses ortopédicas depende de diversos fatores, como o suporte da fisioterapia e do acompanhamento psicológico, bem como a qualidade dos materiais utilizados e a precisão na modelagem e fabricação do encaixe.
Sendo assim, esses elementos são fundamentais para acelerar a adaptação e certificar melhores resultados.
Quais são as diferenças entre os tipos de encaixe de próteses?
Como mencionado anteriormente, após a amputação, o paciente inicia o processo de protetização, no qual dois tipos de encaixe de próteses desempenham um papel extremamente importante na reabilitação.
A principal diferença entre eles está no momento de uso e na função que atuam. Abaixo, vamos explicar cada um em detalhes:
Encaixe provisório
Após a avaliação de um profissional, é feito um molde do membro residual, que servirá de base para a criação do primeiro encaixe, conhecido como provisório.
Esse encaixe é confeccionado em material termo moldável, permitindo que o técnico responsável ajuste o formato conforme necessário.
Essa etapa é necessária devido ao inchaço pós-operatório que ocorre na área amputada, o que pode levar cerca de 90 dias para reduzir completamente.
Durante esse período, o técnico pode aquecer o material do encaixe provisório para moldá-lo novamente, atestando um ajuste confortável e seguro para o paciente.
Este aparelho inicial serve como referência para a criação do encaixe definitivo, assegurando que a peça final seja perfeitamente adaptada ao membro residual, sem desconforto.
O encaixe provisório é utilizado durante o tempo necessário para que o inchaço pós-operatório desapareça, geralmente coincidente com o período de três meses após a cirurgia.
Encaixe definitivo
Quando o volume do membro residual se estabiliza, cerca de 90 dias após a amputação, o paciente está pronto para receber o encaixe definitivo. Essa peça é baseada no formato final ajustado da peça provisória.
O mecanismo é projetado para ser durável e resistente, sendo frequentemente produzido em fibra de carbono.
Por ser criado com precisão e em um momento adequado, o encaixe definitivo oferece maior conforto e estabilidade ao paciente em comparação ao provisório, que passa por ajustes frequentes.
Embora o processo de transição entre o encaixe provisório e o definitivo possa ser demorado e exigir ajustes, cada etapa é fundamental para que o paciente possa usar sua prótese de forma confortável, segura e com maior qualidade de vida.
Trabalho em conjunto
Como vimos, apesar de suas diferenças, os encaixes provisórios e definitivos são complementares no processo de reabilitação do amputado, trabalhando em conjunto.
Vale destacar que o processo de protetização segue as mesmas etapas, independentemente da localização do membro residual ou de a amputação ter ocorrido nos membros superiores ou inferiores.
Embora cada caso tenha suas particularidades, as fases primordiais permanecem as mesmas descritas ao longo deste conteúdo.
Com o suporte de profissionais especializados, aliado à paciência e à dedicação, o paciente amputado poderá alcançar um alto nível de conforto com sua prótese e desfrutar de uma vida plena e saudável.

Conheça os tipos de encaixe de próteses mais utilizados
Cada tipo de encaixe é projetado para atender a diferentes necessidades e etapas do processo de reabilitação.
Abaixo, conheça os modelos mais utilizados e suas particularidades:
Desarticulação de quadril
- Encaixe externo: produzido em fibra de carbono;
- Encaixe interno: utiliza materiais macios, como silicone, para proporcionar conforto ao paciente.
Amputação transfemoral
- Encaixe CAT-CAM: mantém o fêmur em uma posição fisiológica, o que promove uma marcha mais natural e harmoniosa. Esse modelo oferece maior controle muscular e estabilidade corporal em comparação com outros encaixes;
- Encaixe quadrilátero: adequado para todos os amputados que necessitam de uma prótese transfemoral, especialmente para aqueles com musculatura flácida ou amputação no terço proximal do membro.
Desarticulação de joelho
- Cartucho poliforme: utilizado em conjunto com suspensão supracondilar para maior estabilidade.
Amputação transtibial
- PTB (Patelar Tendon Bearing): um dos modelos mais antigos, utiliza uma correia suprapatelar como mecanismo de suspensão. Aplica pressão na área amputada e é indicado para membros residuais de comprimento médio;
- PTS (Prothèse Tibiale Supracondylienne): ideal para pacientes com amputação no terço proximal e instabilidade no joelho;
- KBM (Kondylen Bettung Münster): o modelo mais utilizado, mas não recomendado para membros residuais muito curtos devido às bordas laterais elevadas.

Como escolher os melhores tipos de encaixe de próteses?
É fundamental que a escolha do encaixe seja realizada por profissionais especializados, certificando que o componente mais adequado seja selecionado para cada paciente, sempre priorizando o conforto e bem-estar do usuário.
Além de compreender os componentes protéticos, é ideal que o amputado tenha conhecimento sobre o funcionamento das próteses ortopédicas, além das etapas do processo pós-amputação.
Para isso, o acesso aos textos do IPO Brasil pode ser uma ferramenta valiosa. Afinal, disponibilizamos conteúdos gratuitos e acessíveis para esclarecer as maiores dúvidas de nossos pacientes, fazendo toda a diferença na jornada de readaptação e reabilitação.
Conheça o IPO Brasil
Agora que já sabemos sobre os tipos de encaixe de próteses, vale lembrar que todas as unidades do IPO oferecem o que há de mais moderno no segmento de prótese e órtese, além da reabilitação física.
No Instituto, as indicações são realizadas após minuciosa avaliação clínica. Em laboratórios próprios, próteses e órteses são confeccionadas de forma personalizada atendendo as necessidades específicas das pessoas, como a prótese de perna.
Enquanto isso, a equipe de reabilitação acompanha os pacientes durante todo o processo de reabilitação. Nossa equipe está preparada para entender o seu caso e avaliar com cuidado a sua necessidade específica.
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