Tumor na perna: quais os sintomas e como tratar?

Dr. José André Carvalho
janeiro 9, 2025

O tumor na perna é uma condição que pode gerar preocupações e incertezas, tanto para…

Homem usando sua prótese de perna enquanto varre seu jardim após passar por uma amputação devido a um tumor na perna.

O tumor na perna é uma condição que pode gerar preocupações e incertezas, tanto para os pacientes quanto para seus familiares

Identificar os sintomas precoces é fundamental para um diagnóstico correto e um tratamento adequado. 

Neste artigo do IPO Brasil, vamos relatar os diferentes tipos de tumores que podem afetar as pernas, seus principais sinais de alerta e os procedimentos disponíveis. 

Afinal, a compreensão desses aspectos pode ajudar a desmistificar a doença e orientar os indivíduos na busca por cuidados médicos apropriados. 

Entender o que está acontecendo com seu corpo é o primeiro passo para garantir a sua saúde e bem-estar. Veja só!

O que é o tumor na perna?

O tumor na perna pode se referir a um crescimento anormal de células que ocorre em qualquer parte do membro, o que inclui músculos, tecidos, ossos e pele. 

Tal condição pode ser classificadas em duas categorias principais:

  • Tumor benigno na perna: essa enfermidade não é cancerosa e geralmente não se espalha para outras partes do corpo. Alguns exemplos são os lipomas (tumores de gordura), fibromas (tumores de tecido fibroso) e hemangiomas (tumores de vasos sanguíneos);
  • Tumor na perna maligno: essa doença é cancerosa e pode se espalhar pelo corpo. Os tumores malignos que se formam na perna podem ser primários (iniciam na próprio membro) ou secundários (metástases de câncer que começou em outra parte do corpo). Exemplos incluem sarcomas, que são cânceres que se desenvolvem em tecidos moles ou ossos.

Se houver suspeita de um tumor, é importante procurar um médico especialista imediatamente para realizar um diagnóstico eficaz.

Quais são os tipos existentes de tumor na perna?

Falar apenas em “tumor maligno na perna” é algo muito genérico, pois existem várias versões dessa neoplasia. Confira cada uma delas:

Condrossarcoma

Origina-se das células que compõem as cartilagens e é mais frequentemente encontrado nas regiões da pelve, pernas e braços. 

Existem três subtipos principais:

  • Condrossarcoma convencional;
  • Condrossarcoma mesenquimal: uma variante que tende a se desenvolver de maneira mais acelerada e tem maior propensão à recidiva, ocorrendo com mais frequência em adultos jovens;
  • Condrossarcoma desdiferenciado.

Osteossarcoma

O osteossarcoma, também conhecido como sarcoma osteogênico, é mais comum em homens na faixa etária de 10 a 30 anos. 

Geralmente, ele se manifesta nos ossos da pelve, pernas ou braços.

Tumor de Ewing

O tumor de Ewing é predominantemente encontrado em crianças, adolescentes e jovens adultos, com idade até 30 anos. Os locais mais frequentes para seu desenvolvimento incluem os ossos da pelve, pernas e braços.

Sarcoma pleomórfico indiferenciado de alto grau

O sarcoma pleomórfico indiferenciado de alto grau, anteriormente chamado de histiocitoma fibroso maligno, é mais frequentemente associado ao tecido conjuntivo e é considerado raro nos ossos. 

Na maioria dos casos, quando ocorre normalmente afeta os braços ou as pernas, acometendo principalmente adultos e idosos. 

Normalmente, esse tipo de tumor permanece restrito à sua localização de origem, mas também pode se espalhar para áreas distantes, como os pulmões.

Fibrossarcoma

O fibrossarcoma é mais comum nos tecidos moles e é considerado raro nos ossos. Quando essa situação ocorre, tende a afetar as pernas, braços ou maxilares de adultos e idosos.

Tumor ósseo de células gigantes

Em geral, acontece nas pernas ou nos braços e é mais frequente em adultos. Embora não apresente uma tendência para o surgimento de metástase, muitas vezes há recidiva local após o tratamento.

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Tumor na perna: sintomas mais comuns

Os sintomas de tumor na perna dependem do tipo de câncer ósseo que o indivíduo é acometido. Entretanto, alguns sinais gerais descritos pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) são:

  • Dor no osso da perna: às vezes, o incômodo é pior à noite;
  • Inchaço e a percepção de um nódulo;
  • Fraturas sem nenhum acidente;
  • Formigamentos no membro, quando o tumor atinge um nervo;
  • Perda de peso;
  • Muito cansaço.

Portanto, caso você se identifique com esses sinais, procure ajuda médica o quanto antes. 

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Como diagnosticar um tumor na perna pequeno ou grande? Quais exames são solicitados?

Para diagnosticar um tumor na perna direita ou esquerda, seja ele pequeno ou grande, o médico utiliza uma combinação de exames clínicos e de imagem para avaliar a natureza da lesão e obter um diagnóstico. 

Abaixo, vamos listar os principais testes solicitados:

Exame físico

O primeiro passo é o teste clínico, em que o médico verifica o tamanho, localização e características da massa ou inchaço na perna. A partir daí, ele decide quais exames de imagem e laboratoriais serão necessários.

Exames de imagem

  • Radiografia (Raio-X): permite visualizar a estrutura óssea e ajuda a identificar tumores ósseos, além de diferenciar lesões benignas e malignas;
  • Ultrassonografia: o ultrassom ajuda a diferenciar tumores de tecido mole, como músculos e cartilagem, dos tumores ósseos. Esse exame também é útil para identificar cistos e outras lesões que não envolvem o osso;
  • Tomografia computadorizada: a TC oferece uma visão detalhada e em camadas da área afetada, sendo útil para detectar e avaliar a extensão do tumor, principalmente em casos que envolvem ossos ou articulações;
  • Ressonância magnética: a ressonância é eficaz para visualizar tecidos moles e detalhes internos do tumor. Esse exame permite observar a extensão do tumor nos músculos, vasos sanguíneos e estruturas vizinhas, sendo fundamental para um planejamento cirúrgico adequado;
  • Cintilografia óssea: este teste pode ser solicitado para verificar se o tumor se espalhou para outros ossos.

Exames laboratoriais

  • Biópsia: é o exame definitivo para o diagnóstico do tipo de tumor, seja benigno ou maligno. Pode ser feita de forma incisional (removendo uma parte do tumor) ou por punção com uma agulha fina. O material coletado é analisado em laboratório para determinar a natureza do tumor;
  • Exames de sangue: alguns marcadores tumorais no sangue podem ajudar a sugerir a presença de tumores malignos, principalmente em casos de sarcomas e metástases. No entanto, exames de sangue são usados como suporte ao diagnóstico.

Exames complementares

  • Tomografia por emissão de pósitrons: esse teste pode ser solicitado em casos de suspeita de malignidade ou metástase, ajudando a detectar a presença de tumores em outras partes do corpo.

Cada exame é escolhido com base na localização, características e tamanho do tumor na perna esquerda ou direita. 

A combinação destes testes permite uma avaliação completa, essencial para decidir o tratamento correto.

Tumor na perna: como tratar a condição?

Os tratamentos para os tumores na perna têm evoluído bastante com o uso de uma abordagem multimodal, que combina a terapia sistêmica, por meio de quimioterapia, com o tratamento local, o que engloba a cirurgia oncológica.

A escolha do tipo de intervenção depende da localização da doença e da resposta do paciente ao tratamento, como o uso de remédio para tumor na perna. 

A meta é alcançar a cura enquanto se preserva a melhor qualidade de vida possível para o paciente.

Contudo, em casos avançados, pode ser necessário recorrer a medidas mais drásticas, como a amputação da perna afetada. Dessa forma, é válido ressaltar a importância da conscientização para o diagnóstico precoce. 

Quando detectado no estágio inicial e tratado com o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, que utiliza uma abordagem cirúrgica segura e as melhores opções terapêuticas, as chances de cura aumentam consideravelmente.

Conclusão

No geral, é essencial que qualquer suspeita de tumor na perna seja investigada o quanto antes para assegurar um diagnóstico precoce, o que resultará em uma melhor qualidade de vida.

Embora muitos tumores possam ser tratados com sucesso, em casos mais sérios, pode ser necessária a amputação parcial ou total do membro adoecido. 

Nessas situações, a prótese de perna é uma alternativa que permite ao paciente retomar a mobilidade e conquistar um melhor bem-estar. Avanços tecnológicos nos dispositivos têm oferecido maior conforto e funcionalidade, possibilitando uma reintegração mais completa às atividades do cotidiano.

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